02 janeiro 2015

#ÁlbumDaSemana: ...And Star Power - Foxygen

  Feliz ano novo!!! (Demorei, mas antes tarde do que nunca rs)
  O ano ia terminar com vários posts clichês que a gente não para de amar nunca com "Os melhores...do ano" no título, mas viajei e tive diversos imprevistos, inclusive a falta de internet.
  E pra começar bem o ano eu escolhi uma dica de álbum que teve seu lançamento em 2014 e provavelmente entraria em algumas das categorias dos posts de melhores do ano: "...And Star Power" do Foxygen. Antes é importante dizer que Foxygen merecia (mesmo) uma #dicadebanda aqui, não só o álbum, e provavelmente farei isso posteriormente mesmo que fique repetitivo #pqsim.
  "...And Star Power" sem sombra de dúvidas é um dos melhores álbuns que eu ouvi em 2014 e curiosamente é um dos que eu menos ouvi, explico isso da seguinte forma: pra mim existem álbuns e álbuns, aqueles que eu ouço durante outras atividades diárias e aqueles que eu preciso ouvir e apenas ouvir, "...And Star Power" definitivamente se encaixa na segunda categoria.
   Sendo Foxygen uma banda marcada pela sua referência ao antigo, mais precisamente ao cenário musical de 1960 a 1970, em uma estrutura linear que tem em seu último segmento o disco de que falamos retratando a cena pré-punk de forma diferente de bandas com quem podemos facilmente comparar como MGMT e Tame Impala (em "Star Power II" e "Hang"a semelhança com Tame Impala é clara), que com a mesma facilidade conseguimos diferenciar brutalmente pelo fato das últimas utilizarem muito mais recursos que remetem ao atual para a execução de suas obras que não deixam de se referir a obras anteriores, porém se diferenciam na utilização de recursos como sintetizadores, explorados exaustivamente, na intenção de uma identidade particular simultânea as referências claras, diferente de "...And Star Power" que abre mão da diferenciação clara, camuflando-se facilmente ao soar como uma mistura de sátira e homenagem ao "Verão do amor" de 67.
   Podemos Notar em "Coulda Been my love" referências claras à guitarra característica de Eric Clapton assim como em "Cosmic Vibrations" é inevitável não lembrar de Pink Floyd mesmo com algum ingrediente ou outro de bandas mais atuais e "I Don't Have Anything/The Gate" segue o mesmo caminho ainda com algum vestígio de Beatles incorporado. A iminência do punk é retratada de forma categórica em "666" tanto pelos vocais estridentes quanto pela guitarra simples de poucos acordes e a estrutura característica da faixa. Crystal Castles e seu som ruidoso tem uma aparição crescente nos créditos de referências, começando por "Cold Winter/Freedom", que soa desorganizada como um grito de desespero e culmina em "Talk" que apela para o "Lo-Fi" lembra pelo estilo e efeitos vocais. 

Ouça abaixo "...And Star Power" do Foxygen:



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