11 julho 2014

E se o erro for o melhor caminho?

 
  Algumas coisas não mudam, a gente sabe que nunca vão mudar, mas mesmo assim somos capazes de apostar no contrário. Engraçado como nos testamos diariamente de forma tão involuntária, mentimos pra nós mesmos tendo plena noção da verdade, mas também é verdade que se não fizéssemos isso algumas coisas não seriam tão interessantes. Que graça teria não brincar com fogo? Onde está a empolgação de viver sempre na zona de conforto? A gente já se adapta a tanta coisa inevitável, aos tijolos da rotina que vivem em uma espécie de "looping" eterno que beira o perigo, à argamassa das consequências que fixam nossos atos ao receio, aos vergalhões da sociedade que molda indivíduos...
   É verdade que a ausência dessas condições poderia causar estragos muito maiores, a estrutura é eficaz mas nada é tão perfeito sem suas imperfeições. Difícil é dosar. Aos poucos a gente dá conta de aprender o certo e o errado e o critério não vai além da consciência, a gente sabe que algo não é certo se massacramos nossos princípios, acontece que em algum momento da vida desenvolvemos uma espécie de masoquismo que põe em questão tudo isso, precisamos sair do comodismo e os conceitos de certo e errado se invertem, os princípios não, caso contrário a sensação de erro se configuraria em um acerto e definitivamente a intenção é contrária. A inversão de valores confunde, mas a sensação de acertar apostando no erro é única. 

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